Se você chegou até este artigo é porque gostaria de saber o que é um planejamento estratégico. Provavelmente você já deve ter percebido que a sobrevivência de uma empresa depende não apenas de seu sucesso, mas também da forma com que ela lida com as adversidades colocadas em seu caminho em cenários desfavoráveis.
Em tempos de incerteza e mudanças complexas no mercado, é muito importante saber se adaptar e contornar as dificuldades externas e internas que ameaçam o bom desempenho da organização. Por isso, neste conteúdo você irá conhecer os aspectos mais importantes do planejamento estratégico, como ele funciona, quais ferramentas o integram, quais erros devem ser evitados, entre muitas outras informações cruciais.
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Trata-se do conjunto de medidas e procedimentos que uma empresa realiza com a finalidade de chegar a uma meta ou objetivo. Isto é, a organização reconhece a situação em que se encontra no momento e projeta como deseja estar no futuro. Essa visão de longo prazo ajuda os gestores a preverem as mudanças necessárias para que o negócio se diferencie e se torne mais competitivo no mercado em que atua.
Em outras palavras, o planejamento estratégico tem a função semelhante a de um GPS ou mapa. Em primeiro lugar, é preciso saber onde se quer chegar, para então calcular a melhor rota que pode te levar ao seu destino. A empresa precisa entender a sua posição diante do público e da concorrência para que possa elaborar estratégias que a destaquem.
Resumindo, o planejamento estratégico pode servir para diferentes propósitos, como a elaboração de campanhas de marketing para impulsionar o alcance da marca, realizar melhorias na comunicação interna, aumentar o faturamento da organização, solucionar crises, entre outras finalidades cruciais para a sobrevivência do negócio.
Há uma série de características que definem o planejamento estratégico. Abaixo listamos as principais e que podem se adaptar a sua necessidade.
Um traço marcante do planejamento estratégico é que ele deve ser responsabilidade de toda a equipe envolvida. O que queremos dizer é que não cabe apenas aos gestores planejar o que é melhor para a empresa e o que precisa ser feito para que seus objetivos sejam atingidos.
Se o envolvimento dos colaboradores faz parte do planejamento estratégico, certamente uma comunicação interna modernizada e eficiente também deve estar relacionada. Isto é, os membros da equipe precisam ter acesso aos mesmos dados e compartilhar da mesma visão sobre o negócio.
O fato de as pessoas terem opiniões, desejos e vivências diferentes não deve ser interpretado como algo negativo, mas sim como uma forma de enxergar uma mesma situação por diversos pontos de vista. É claro que, para isso funcionar na prática, é preciso que a equipe conte com ferramentas de comunicação interna capazes de eliminar qualquer aspecto que possa causar ruídos ou falhas. Falaremos mais sobre isso adiante.
A vantagem competitiva representa pontos em que uma organização se sobressai em relação às suas concorrentes diante do ponto de vista do consumidor. Ela pode ser conceitual ou palpável, como o nível de qualidade do atendimento ao cliente ou a qualidade superior de seus produtos ou serviços prestados, por exemplo.
Dentro do contexto que estamos abordando, é importante destacar que uma das características marcantes do planejamento estratégico é que ele deve sugerir vantagens competitivas para que a empresa se destaque em seu nicho de atuação. Afinal, sem isso torna-se quase impossível sobreviver no mercado atual.
Como já foi dito, o que é planejamento estratégico sem envolvimento de toda a equipe, não é verdade? Sendo assim, é imprescindível que seja estabelecido um cenário de união e colaboração entre as pessoas que integram o time de profissionais da empresa.
A troca de experiências e conhecimento é o que manterá os motores do negócio funcionando com toda a sua capacidade. Essa é a melhor maneira de alcançar os objetivos de empresa. Afinal, sem sintonia e coordenação os esforços da organização dificilmente surtirão efeitos positivos.
O planejamento estratégico deve ter medidas aplicáveis na prática, ou seja, planos que possam ser retirados do “papel” e transformados em medidas concretas para o cotidiano da empresa.
Para isso, os temas abordados devem ser pautados em necessidades do dia a dia da organização e, com o envolvimento de gestores e colaboradores, as melhores decisões possíveis devem ser tomadas. Em geral, essas medidas envolvem projetos, programas e planos de ação.
Outra característica marcante do planejamento estratégico é que ele tem a função de conduzir uma empresa por diferentes cenários, sejam eles favoráveis ou não. Em outras palavras, ele deve servir como parâmetro para que os gestores compreendam a situação atual do negócio e projetem as mudanças necessárias para que ele não apenas sobreviva no futuro, mas também possa se expandir e crescer.
O planejamento estratégico atua como um GPS, como citamos no primeiro tópico, e como tal, não deve apenas guiar o caminho para que se alcance um objetivo, mas também permitir ajustes que se mostrem necessários durante a execução do trajeto. O fato de a empresa não ter controle sobre alguns fatores externos que podem influenciar seu desempenho não deve impedir que ela continue avançando em direção ao sucesso.
O planejamento estratégico é fundamental porque ajuda a guiar a empresa por diferentes caminhos, apontando as ações e adaptações que se mostram necessárias durante o percurso. Ou seja, ele ajuda a gerenciar a quantidade de recursos, energia e tempo empregados na estratégia, além de auxiliar no reconhecimento de problemas e identificação de melhorias.
O fato de não podermos controlar o que será do futuro do mercado e do cenário econômico é um dos pontos que torna o planejamento estratégico indispensável, já que uma de suas características é preparar a empresa para sobreviver em diferentes panoramas e garantir que os esforços que os colaboradores aplicam na conquista das metas e objetivos valham a pena.
Para que ele seja bem estruturado e cumpra com as suas funções, a fundamentação do planejamento estratégico deve atender aos seguintes critérios:
O propósito pode ser entendido como o destino ao qual a organização pretende chegar. O planejamento estratégico deve proporcionar uma análise clara sobre a situação atual do negócio e permitir que os gestores reflitam sobre quais ações se mostram necessárias no momento para que os impactos sejam sentidos no futuro.
Portanto, é correto afirmar que a base do planejamento estratégico é o resumo sobre o propósito do negócio, já que isso possibilita que todos os envolvidos tenham uma leitura clara sobre sua missão e valores e possam alinhar os seus objetivos com os da empresa.
Uma estratégia eficiente não é aquela que é composta por elementos técnicos de difícil compreensão ou medidas não aplicáveis na prática. Um planejamento estratégico bem estruturado deve ser simples e factível.
Ou seja, intuitivo e simples de compreender. Isso porque ele deve abranger as forças de todos os colaboradores que integram a equipe e estão envolvidos nos processos da organização. Por isso, uma comunicação interna modernizada e capaz de engajar a equipe é uma das estruturas que sustentam o planejamento estratégico.
Os objetivos, indicadores, ferramentas e iniciativas que compõem a estratégia devem estar bem detalhados no planejamento estratégico, pois a ideia aqui é abordar um tema amplo e abstrato e transformá-lo em ações aplicáveis na prática.
Quando é desdobrado em parte menores, o planejamento estratégico deixa de ser encarado como algo complexo e passa a trazer soluções simples para o cotidiano da organização. Portanto, as medidas devem ser expostas de forma didática, por meio de perguntas simples:
Quanto mais bem explicado, mais fácil se torna colocar o plano estratégico em execução.
Uma empresa é composta por pessoas e elas devem fazer parte de cada etapa de um planejamento estratégico. Por isso, é muito importante que acreditem no potencial do negócio e que ele pode atingir os seus objetivos.
Dado o contexto, é muito importante fazer com que a equipe tenha uma visibilidade clara acerca da estratégia. Quanto mais os colaboradores compreenderem o seu papel no futuro do negócio, mais se sentirão motivados a persegui-los.
Nesse contexto, a flexibilidade está relacionada à capacidade de se adaptar às mudanças. Como você pôde entender até aqui, as variações do mercado e incertezas que o atual cenário econômico passa mostram o quanto é importante que um planejamento estratégico possa ser adaptável a mudanças sempre que necessário, já que existem muitas variáveis que não podem ser previstas.
Também faz parte da estrutura de um planejamento estratégico a capacidade de colocar em prática as medidas e ações que estão inseridas em seu escopo. Ou seja, criar regras e políticas capazes de garantir que a equipe aja em função dos interesses da empresa.
Estratégia e operação são dois pontos cruciais e que andam conjuntamente. Porém, em determinados momentos é importante que possam ser separados, como na hora de executar o planejamento estratégico.
Sem essa separação é provável que os processos operacionais consumam todo o tempo e a energia que deveriam ser aplicados à estratégia. O “segredo” é sempre manter o equilíbrio entre os dois aspectos.
Agora que você sabe o que é planejamento estratégico e quais as principais características que o fundamentam, mostraremos como ele deve funcionar na prática para que seja assertivo e atenda às necessidades do negócio.
Existem metodologias testadas e comprovadas que podem atuar em benefício dos interesses da empresa. Em vez de criar ou reinventar do zero, você pode contar com o auxílio de serviços de consultoria externa realizados por profissionais que podem te indicar os métodos mais adequados ao seu negócio.
Para evitar que o planejamento estratégico acabe se estendendo além dos objetivos principais, é fundamental que ele seja limitado. Embora não exista um período ideal definido para isso, estabelecer um cronograma a ser seguido pode ser interessante para que a equipe tenha parâmetros de tempo para se guiar. Estamos nos referindo às metas do negócio. Não basta definir onde se quer chegar, é preciso também estabelecer quando.
Apesar de o desenvolvimento do planejamento estratégico ser uma responsabilidade dos gestores, a sua execução deve envolver pessoas de todos os departamentos da empresa. A melhor maneira de fazer isso é formar grupos de trabalho para que todo o conhecimento dos colaboradores seja aproveitado em pequenas e mensuráveis parcelas. Quanto mais transparência na comunicação interna, mais frutos positivos a organização pode usufruir.
Por mais que os colaboradores de nível gerencial tenham bastante experiência e possam contribuir com seus conhecimentos, o ideal é que o mediador seja um profissional neutro em todo o processo.
Para que você tenha uma ideia, é muito comum que empresas tenham uma pessoa com esse papel declarado. Se este não é o caso da organização em que você atua, considere mais uma vez contratar os serviços de uma consultoria especializada.
O mercado e o comportamento de consumo estão sempre se reinventando, seja por conta dos avanços tecnológicos que trazem soluções para os problemas da vida moderna, seja por causa de aspectos sociais, políticos e econômicos que moldam a sociedade.
O fato é que, para acompanhar essas mudanças constantes, as organizações precisam modernizar os seus processos e, é claro, investir na capacitação técnica de seus profissionais. Afinal, quanto mais preparo a equipe tiver para lidar com os desafios da era da informação digitalizada, maiores as chances de que o negócio se torne competitivo em seu setor de atuação.
Como foi dito no tópico anterior, as metodologias mudam conforme o comportamento de consumo e o mercado evoluem, porém, os objetivos são sempre os mesmos: focar os recursos, energia e tempo nas ações que levem a empresa a atingir suas metas corporativas. Pensando nisso, separamos algumas ferramentas que podem ser aplicadas para que o planejamento estratégico seja colocado em prática.
Certamente, este é um poderoso trio para que os gestores possam se planejar e diferenciar os negócios, engajar os colaboradores e executar um trabalho de qualidade. A metodologia é frequentemente usada por empresas que pretendem definir direções estratégicas, pois envolvem os processos operacionais simples à motivação de cada membro da equipe, além de permitir que os tomadores de decisões reflitam sobre o papel da organização no mercado e na sociedade.
Altamente indicada para gestores que pretendem avaliar quais ideias representam melhor as oportunidades de negócio que a empresa tem ao seu dispor. A Análise 360° ajuda a verificar se as ideias são viáveis e executáveis, além de permitir a reflexão acerca da relação entre benefício oferecido e o potencial de lucratividade.
A Matriz SWOT permite que os gestores aprofundem os seus conhecimentos a respeito da própria empresa por meio de uma análise contextual externa sobre o cenário em que o negócio está inserido. Sua finalidade é identificar e analisar os seguintes pontos:
Ferramenta ideal para gerar uma reflexão mais profunda sobre a rivalidade entre a sua empresa e os seus concorrentes, assim como os produtos e serviços que integram o mercado em questão, poder de barganha com clientes e fornecedores e como “impedir” a entrada de novos “players” no jogo.
A Matriz BCG permite que os gestores compreendam quais são seus produtos ou serviços mais rentáveis por meio de análises periódicas que melhoram a sua oferta aos consumidores, além de avaliar o que tem gerado mais caixa e o que exige menos esforços para manutenção. Sem dúvida, é uma das melhores ferramentas para analisar o ciclo de vida do produto/serviço.
O Brasil está em quinto lugar entre os países com empreendedores mais dedicados e empenhados no planeta, de acordo com um levantamento feito pela Expert Market e publicado pela Fast Company.
Ainda segundo os estudos, a maioria das organizações brasileiras não consegue sobreviver aos primeiros cinco anos de existência. Você consegue adivinhar qual é o principal motivo? Pois bem, a falta de planejamento estratégico. Entre os erros que devem ser evitados por sua companhia na hora de elaborar uma estratégia eficiente, podemos citar:
A falta de coerência entre a realidade do negócio, isto é, seu potencial de atingir resultados e as metas estabelecidas é um dos motivos pelos quais muitas organizações não conseguem sobreviver. Portanto, é fundamental que os objetivos sejam ambiciosos, mas sem deixarem de ser realistas.
É imprescindível que todo o panorama que cerca a organização seja avaliado com frequência. Afinal, as ameaças e oportunidades estão do lado de fora da empresa. Quando uma companhia ignora esse fato, a tendência é que ela não apenas perca chances de fazer novos negócios, mas também seja ultrapassada por seus concorrentes que acompanham as tendências mercadológicas e conhecem as demandas atuais.
Achar que esses três pilares não são relevantes para a sobrevivência do negócio é um dos grandes erros que deve ser evitado no desenvolvimento e execução do planejamento estratégico. É crucial que eles sejam definidos já nas primeiras etapas, pois influenciam toda a cultura organizacional e o futuro do negócio.
A análise do ambiente interno pode ajudar a eliminar os gargalos na comunicação entre as equipes que integram a empresa. Isto é, depoimentos e experiências dos colaboradores devem ser ouvidos e considerados. Afinal, são eles que estão diariamente na linha de frente e têm propriedade para apontar as dores do negócio, assim como as melhores maneiras de solucioná-las.
KPIs ou indicadores de desempenho são ferramentas que ajudam os gestores a mensurarem os resultados das ações, atividades e processos operacionais da empresa. Contudo, muitas organizações não utilizam KPIs ou sequer sabem da existência dessas métricas. Um bom planejamento estratégico deve contar com formas de medir o potencial de cada medida tomada.
Vivemos na era da informação digital e das soluções modernas. O mercado tem cada vez menos espaço para organizações que negligenciam o uso de tecnologia para automatizar seus processos. Não é preciso ser especialista para notar que os clientes priorizam empresas com perspectiva de futuro. Certamente, seus concorrentes já sabem disso e estão tomando providências a respeito.
Por fim, é o momento definir onde a empresa quer chegar para se saber de que forma ela pode chegar e, é claro, quais ações serão necessárias para isso. Afinal, o que é planejamento estratégico sem uma boa definição da jornada, não é verdade?
As metas servem para conduzir o negócio por todo o trajeto. Dito isso, uma boa estratégia é elaborar uma meta geral e, posteriormente, adaptá-la para outros setores como marketing, recursos humanos, vendas e assim por diante.
Lembrando, mais uma vez, que o envolvimento de cada profissional da equipe não é um mero capricho, mas sim uma necessidade para que a execução do planejamento estratégico seja bem-sucedida. Isso significa que cada departamento da empresa precisa ter as suas próprias metas definidas. Além disso, os objetivos precisam ser ambiciosos, mas sem que fujam da realidade do negócio. Em outras palavras, devem ser alcançáveis.
Os indicadores servirão como parâmetro para que a performance de cada meta seja acompanhada de perto. Assim, caso a meta seja, por exemplo, aumentar o faturamento mensal, a equipe terá como acompanhar a evolução desse processo mês a mês.
Por último, cada membro da equipe precisa estar totalmente ciente das etapas citadas e dos indicadores usados pela companhia. Afinal, o planejamento estratégico tem como principal finalidade impulsionar os resultados da empresa por meio do engajamento e do esforço conjunto de cada profissional que integra o time.
Como você pôde conferir neste artigo sobre o que é planejamento estratégico, essa ferramenta é bastante abrangente e envolve os diferentes níveis operacionais de uma empresa. Gestores e colaboradores devem participar tanto da elaboração quanto da execução de cada etapa presente no plano de ações. Além disso, mostramos também quais são as ferramentas utilizadas para mensurar o desempenho, os principais erros a serem evitados e como colocar em prática cada medida inserida na estratégia.
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