A crescente valorização dos trabalhadores no ambiente laboral e o cuidado com o bem-estar de cada um têm aumentado a preocupação com o assédio moral. Se há alguns anos esse tipo de situação acontecia constantemente, sem que houvesse a noção exata de sua gravidade, hoje existe até uma classificação dos diferentes tipos de assédio moral e das penalidades previstas por lei para cada ocorrência.
Entender a importância desse assunto e como evitar que tais ocorrências desagradáveis ocorram na empresa é essencial para um bom clima organizacional e uma marca empregadora positiva.
Quer saber mais sobre o tema? Continue a leitura!
Podemos definir o assédio moral como uma violência praticada no ambiente de trabalho, baseada em situações vexatórias ou atos repetitivos que configurem perseguição, humilhação e constrangimento. Esse tipo de postura tem como objetivo inferiorizar ou desestabilizar mental e emocionalmente o funcionário.
Infelizmente algo comum, o assédio moral recebe cada vez mais atenção, sendo discutido nas empresas e pelos profissionais de Recursos Humanos. Como traz graves consequências à saúde do colaborador, causando desmotivação, estresse, ansiedade, problemas gástricos e até depressão ou síndrome do pânico, os gestores estão mais preocupados com tal tipo de ocorrência dentro das organizações.
Além disso, os quadros recorrentes de assédio moral afetam o negócio negativamente, provocando o turnover e desestabilizando a relação dos funcionários com as lideranças. Quando essa situação é exposta ao mercado, prejudica a imagem da marca, afeta a atração de talentos e pode impactar até mesmo a aceitação pelos clientes.
Para entender melhor as condições e consequências do assédio moral, veja quais são os tipos existentes e o que caracteriza cada um.
Esse tipo é o mais comum e acontece quando o trabalhador é assediado por alguém que está acima na hierarquia corporativa. Um gerente que coloca seus subordinados em situações vexatórias ou usa apelidos pejorativos, entre outras atitudes, está praticando assédio vertical descendente.
Ocorre quando o funcionário sofre violência psicológica da empresa, por meio do ambiente organizacional. Para ficar mais claro, vamos tomar como exemplo as organizações que estimulam uma competição agressiva entre os colaboradores, usando o medo e ameaças como ferramentas para submetê-los a essas condições.
Trata-se de um padrão de assédio mais raro, em que o profissional de uma posição inferior na hierarquia assedia o chefe ou alguém em um cargo acima. Essa situação é observada quando um colaborador detém informações sigilosas e usa esse conhecimento para chantagear o superior, por exemplo.
O assédio horizontal é praticado entre colaboradores que estão na mesma posição hierárquica dentro da empresa. Um exemplo é o colega que provoca o outro ou debocha quando as metas não são alcançadas.
Esse tipo de assédio ocorre com frequência em ambientes nos quais é estimulada a competitividade entre os funcionários. Como resultado, institui-se um clima desagradável de conflito em vez do trabalho em equipe.
Foi aprovado o projeto de lei que tipifica o assédio moral no ambiente de trabalho como crime, com pena de detenção de um a dois anos e multa — que pode ter acréscimo de um terço do valor se a vítima for menor de idade.
Vale ressaltar que a causa só tem processo se a vítima fizer a representação contra o ofensor, sendo que não pode haver desistência posterior. Outro detalhe importante a ser destacado é que uma ocorrência isolada não configura assédio moral: para que a denúncia seja feita, são necessárias a repetição e a constância da ocorrência.
No entanto, a Justiça do Trabalho já tem uma ampla defesa em relação ao assunto, atendendo a diversos casos de assédio relatados pelos profissionais mediante a apresentação de provas. Em processos que envolvem essa alegação, quando a decisão é favorável ao empregado, ocorrem três tipos de reparação:
Nós sabemos que os casos de assédio moral dependem mais do caráter e da iniciativa individual do que da organização. Mas a empresa pode (e deve) estabelecer políticas que inibam e punam esse tipo de situação.
Uma boa medida é trabalhar bastante a comunicação interna. Entre os valores da empresa, o respeito aos demais e o espírito de equipe devem ser destacados, trazendo a importância desse comportamento para um bom desempenho. Também podem ser feitas campanhas de conscientização, para que as pessoas entendam o que é assédio moral e saibam identificá-lo.
Outro ponto importante é que o RH precisa estar pronto para ouvir possíveis denúncias e investigar as ocorrências. Em uma empresa na qual os colaboradores não têm espaço para diálogos, a tendência é que casos de assédio não sejam trazidos à tona, o que pode prejudicá-la posteriormente.
Nesses casos, o ideal é que o setor de Recursos Humanos esteja pronto para ouvir, acolher as denúncias e tomar as devidas providências. Para tanto, vale a pena investir na criação de um canal interno que mantenha a privacidade das ocorrências, sem que isso se transforme em uma situação de exposição ainda maior entre os envolvidos (e, principalmente, para a vítima).
Os líderes também precisam se preparar para tal tipo de situação. Discussões constantes sobre o assédio moral e a conscientização da gravidade do problema devem fazer parte do planejamento de comunicação da empresa.
Tomar os devidos cuidados para coibir ao máximo os variados tipos de assédio moral, instituindo na empresa uma cultura de respeito e colaboração entre as pessoas, é essencial à preservação da marca e da saúde dos funcionários. Agora que você já sabe mais sobre o assunto, vale a pena levantar as ações que podem ser implementadas no seu local de trabalho.
Se quiser ficar por dentro de outras questões que envolvam a preservação do bem-estar dos profissionais, aproveite para ler este conteúdo sobre saúde mental no trabalho. Até a próxima!
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