Você sabia que um bom ambiente de trabalho influencia positivamente na eficiência e produtividade dos funcionários? Algumas empresas, no entanto, negligenciam esse fato e, como consequência, o Brasil acabou se tornando o segundo país com maior nível de estresse no trabalho. Desse modo, realizar uma pesquisa de clima organizacional ajuda com que gestores possam identificar problemas e apostem em soluções mais estratégicas.
A alta concorrência no mercado faz com que os colaboradores sejam cada vez mais pressionados, tendo cargas horárias de até 65 horas semanais. Além disso, a competitividade dentro da própria área profissional faz com que, muitas vezes, os superiores não reconheçam totalmente as atividades dos funcionários.
De acordo com um estudo da International Stress Management Association, 89% das pessoas sofrem de estresse no trabalho devido ao desequilíbrio entre esforço e recompensa. Isso faz com que o rendimento caia, a taxa de erros aumente e o comprometimento também seja reduzido.
Dessa forma, reunimos neste guia tudo o que você precisa saber para começar uma pesquisa de clima organizacional na sua empresa e garantir que todas as equipes tenham um bom ambiente de trabalho para potencializar os resultados!
A pesquisa de clima organizacional é uma forma de fazer uma análise do ambiente interno ao coletar dados por meio de uma pesquisa estruturada feita com os colaboradores. A partir daí, a organização consegue informações importantes sobre o ecossistema de trabalho.
Por exemplo, se uma pessoa trabalha num ambiente com barulho excessivo, é possível que isso afete sua eficiência. Dessa forma, com o estudo é possível reconhecer o problema e, então, sugerir uma ação.
Quando uma empresa atinge um bom nível de clima organizacional, ela tende a:
Agora que você já sabe o que é uma pesquisa de clima organizacional, entenda qual é seu objetivo e sua importância!
As pesquisas de clima organizacional auxiliam as organizações a coletarem e mensurarem dados sobre a percepção dos colaboradores em relação a diferentes aspectos diretamente ligados ao ambiente de trabalho, tais como motivação e engajamento, liderança, sentido do trabalho, estresse, integração de equipes etc.
No entanto, engana-se aquele que pensa que a pesquisa serve somente para resolver problemas — ela auxilia na identificação de dificuldades dentro do ambiente corporativo, mas também é uma ótima forma de enxergar os pontos fortes da empresa. Desse modo, é possível realizar ações contínuas a fim de manter o que está bom e melhorar o que apresenta alguma deficiência.
Independentemente do tamanho, sua importância permanece a mesma. Pequenas e médias organizações têm, em sua maioria, uma maior relação de proximidade com os colaboradores, permitindo que o ambiente seja melhor. No entanto, não significa que conheçam a atmosfera com todos os detalhes.
No caso de grandes empresas onde a estrutura é mais complexa, as pesquisas são extremamente importantes para conseguir criar um local que aproxime todos e que haja um claro entendimento sobre a organização. Assim, mesmo que exista uma grande quantidade de pessoas, a pesquisa deve ser realizada com todos e, se possível, de forma anônima para que se consiga maior precisão nos dados coletados.
Por conseguinte, seu objetivo é mostrar quais são os gaps de clima organizacional da empresa e oferecer insights para ações que melhorem o ambiente corporativo. A partir disso, algumas atitudes podem ser tomadas, como a melhoria da comunicação por meio de novas ferramentas de comunicação interna, comunicação interna mais estratégica, redução da burocracia e outras mais.
Quando uma pesquisa sobre o ambiente de trabalho é feita, os colaboradores e a própria empresa são impactados de forma positiva. Desse modo, os benefícios obtidos são:
Um ambiente organizacional com diferentes pessoas e com o dia a dia cheio de tarefas é um prato cheio para brigas, desentendimentos, estresse e problemas de relacionamento. Quando realizada uma pesquisa, é possível coletar dados que permitam antecipar tais problemas e melhorar os já existentes.
Quer saber se seus funcionários estão contentes? Por meio do eNPS (Net Promoter Score), é possível avaliar a satisfação deles e saber quais variáveis influenciam mais em seu entusiasmo.
Quando um colaborador percebe que a organização se esforça e investe para manter um bom ambiente organizacional, é normal que tenha planos de permanecer por mais tempo, já que se sente valorizado. Dessa forma, a taxa de rotatividade cai, retendo a maior parte dos talentos.
Uma empresa que invista num clima de trabalho é reconhecida no mercado, chamando a atenção de novos profissionais que queiram fazer parte de um ambiente assim. O site Glassdor possui uma página para pesquisar as melhores empresas para se trabalhar, o que mostra o quanto isso é buscado antes de se aplicar em uma vaga.
Algumas companhias utilizam somente dados de mercado, ignorando a necessidade de ouvir seus colaboradores. Lembre-se de que os problemas de uma empresa não são, necessariamente, os mesmos da sua. Portanto, invista no feedback!
O “telefone sem fio” ou conversas de corredor são famosas quando não existe transparência dentro da empresa. Dessa forma, por meio da pesquisa é possível saber a percepção dos funcionários e esclarecer o que for necessário por meio de informativos, por exemplo.
Mesmo tendo metodologia e modelo padrões a serem seguidos, existem alguns indicadores que são bastante utilizados e podem ajudar sua equipe na hora de montar um questionário personalizado para a sua empresa. São eles:
A ideia é saber o que os colaboradores acham sobre o trabalho que realizam e fatores adjacentes, como carga horária, número de equipes etc.
A integração que deve ser questionada é a interpessoal e setorial, a fim de melhorar o relacionamento entre todos.
Tal indicador é importante porque o salário acaba sendo um fator motivacional. Portanto, deve-se saber se há descontentamento ou não com a remuneração.
Aqui é possível saber se os funcionários estão satisfeitos ou não com a forma como são dirigidos, auxiliando no relacionamento entre os líderes e suas equipes.
Entender se a comunicação interna está informando bem as notícias e se elas são relevantes.
É de grande importância para saber se os colaboradores acreditam que podem evoluir em sua carreira na organização.
Com esse indicador é possível saber como está o trabalho em equipe. Assim, é possível trazer cada vez mais ações de melhoria e integração.
Aqui podemos saber se o local de trabalho satisfaz os colaboradores no que se refere à estrutura, por exemplo.
Ao questionar os entrevistados sobre a rotatividade, é possível saber se eles estão confortáveis ou sentem medo de serem despedidos a qualquer momento.
Mesmo havendo todos esses indicadores, é importante que a área de RH utilize aqueles que estejam de acordo com o objetivo da pesquisa. Portanto, avalie todos e veja quais devem ser utilizados. Bom, que tal saber agora como realizar a análise? Vamos lá!
Primeiramente, é importante lembrar que nenhum colaborador deve ser obrigado a responder a pesquisa para que não haja viés nas respostas. Pensando nisso, é importante comunicar a todos do estudo e pensar na forma que ele será conduzido.
Por exemplo, você pode optar por contratar uma pessoa de fora para colher as informações, já que isso faz com que os respondentes se sintam mais à vontade em contribuir com o estudo. Além disso, tal fator ajuda que todos percebam que a pesquisa é anônima e que a pessoa que coletou as respostas não vai utilizar informações em específico contra determinado respondente.
Também é possível lançar a pesquisa via Google Docs, ferramenta online que agrupa dados de forma prática. No entanto, isso pode influenciar na hora de tabular os dados, pois não é garantia que todas as perguntas sejam respondidas, por isso, escolha bem qual método utilizar.
Uma dica para conseguir o máximo de respostas entre os colaboradores é estipular um prazo para a coleta de informações, assim o sentimento de urgência será maior e a probabilidade de mais respostas crescerá. Além disso, garanta que todos saibam a relevância da pesquisa e que estejam dispostos a ajudar o ambiente de trabalho.
Após tomar tais precauções, algumas etapas devem ser seguidas a fim de garantir a qualidade do estudo. Tais etapas vão desde o planejamento até às ações de melhoria. São elas:
Na preparação é importante que os responsáveis pela pesquisa tenham um objetivo geral e específico para, assim, nortear o estudo. Dessa forma, o objetivo específico deve englobar os aspectos positivos e negativos da organização. Já os específicos dependem de caso para caso, como:
A escolha da metodologia é um dos passos mais importantes, pois aqui será decidido qual ou quais métodos de avaliação dos dados serão utilizados.
A empresa deve ser avisada de que será feito o estudo a fim de gerar maior transparência e conforto para que todos se sintam bem em participar.
Aplicação dos questionários ou entrevistas com os funcionários.
Após coletar todas as informações de acordo com a amostragem requerida, é hora de analisar tudo de acordo com a metodologia escolhida.
Análises feitas, chegou a hora de concluir e responder às perguntas feitas no planejamento.
Após concluir o que a empresa deve manter de bom e melhorar o que está mediano a ruim, gestores devem se reunir e pensar nas melhores estratégias para conseguir melhorar o quadro e colocá-las em prática. No entanto, é necessário compreender qual metodologia servirá para isso. Vamos saber mais a respeito?
Algumas vezes, saber quais elementos utilizar e que modelo aplicar pode ser uma das maiores dores de cabeça para a área responsável. No entanto, é de extrema importância que a pesquisa seja conduzida por profissionais experientes da área de recursos humanos para garantir as condições adequadas de coletar os dados necessários.
A primeira parte deve avaliar o clima organizacional e, para isso, é preciso utilizar perguntas corretas e o modelo que mais faça sentido com o que sua empresa busca. Tal tarefa, no entanto, é tão fácil quanto parece e, justamente por isso, existem três tipos de abordagem possíveis.
Portanto, listamos aqui alguns autores e o que eles buscavam medir. Acompanhe:
O modelo Litwin e Stringer pondera que existam diversos tipos de climas organizacionais nas empresas, pois a área de recursos humanos pode ter diferentes políticas. Nele é utilizada uma escala de 9 indicadores:
O modelo Sbragia é um dos mais atuais dentro das práticas de RH em organizações. Nele é utilizada uma escala de 20 indicadores:
O modelo Kolb surgiu após o modelo de Litwin e Stringer e segue, fundamentalmente, a mesma ideia, apenas com algumas mudanças de acordo com o progresso da área da Psicologia. Nele é utilizada uma escala de 7 indicadores:
A partir de tais modelos, você poderá decidir qual tem os melhores indicadores para trabalhar e, então, escolher o melhor. A partir daí, deve-se decidir por qual método utilizar, podendo ser o qualitativo, em que o foco é encontrar problemas, hipóteses e identificar incongruências, ou o quantitativo, que foca em análises estatísticas.
Após escolher qual metodologia deverá ser utilizada, é importante garantir que as perguntas sejam claras e que a pesquisa fique concisa, pois, caso contrário, as pessoas terão preguiça de respondê-la.
A coleta de dados é uma fase extremamente importante, pois é a partir dela que saberá exatamente o diagnóstico da empresa. As formas de coleta de dados podem ser:
Agora chegou a parte de saber como mensurar e analisar os dados. Para isso, continue a leitura!
Essa é a última etapa e uma das mais importantes. Após coletar os dados, deve-se mensurá-los e analisá-los. Para isso, caso utilize o método quantitativo, é importante utilizar softwares estatísticos que possam fazer uma análise com todos os pesos corretos para que não haja viés.
Alguns bem conhecidos são o Minitab e SPSS; no entanto, o importante é utilizar um que você tenha conhecimento e atenda os objetivos firmados no planejamento inicial. Caso o método escolhido tenha sido o qualitativo, é importante gravar as entrevistas para que seja mais fácil tirar conclusões, criando tabelas, índices e infográficos.
Assim, ao ter os resultados já apurados, devem ser feitos relatórios para que se possa comparar com resultados futuros e observar o que melhorou, o que se manteve etc. Além disso, é importante criar um memorando para que os colaboradores saibam os resultados e estejam envolvidos em praticar a mudança interna.
Por fim, é importante haver uma reunião com os tomadores de decisão e líderes para que decidam as melhores soluções das questões apresentadas, garantindo que a empresa colha bons frutos do estudo realizado. Caso contrário, a pesquisa será somente mais uma despesa.
No entanto, tal fase pode ser um tanto quanto trabalhosa e delicada, o que faz com que muitas empresas optem por contratar serviços de uma agência. Além de ajudarem na elaboração da pesquisa, análise e mensuração, também auxiliam em como pegar os insights e convertê-los em ações.
Experts no assunto podem encontrar gaps que passariam despercebidos por pessoas que trabalham na empresa diariamente, aumentando a possibilidade de sucesso. A comunicação é outro ponto favorável, já que a consultoria externa ajuda a criar um ambiente com maior confiança entre os funcionários na hora de participarem do estudo.
Além disso, alguns gestores podem ter dificuldades ao interpretar os insights e, portanto, acaba sendo mais benéfico à organização ter a ajuda de uma empresa profissional e capacitada que realize o trabalho. Além disso, por ter foco em resultados, a agência realizará um trabalho eficiente e um prazo de tempo muitas vezes menor que quando realizado de forma interna.
No entanto, escolha bem a empresa contratada, pois a credibilidade é um fator básico para que garanta o sigilo, o respeito de regras básicas da empresa e a clareza nas informações durante a aplicação da pesquisa e nos resultados apresentados.
Por fim, é possível perceber que uma boa avaliação do clima organizacional em empresas não é tão prático, pois exige tempo e experiência para que haja qualidade no resultado. Por isso, garanta que sejam utilizados esforços suficientes!
Um ambiente de trabalho influencia em diversos fatores, como produtividade, erros, mau humor, estresse, maus relacionamentos e até mesmo na própria receita da empresa. Desse modo, deve-se reconhecer a necessidade de estudar o clima organizacional, entender os problemas existentes, solucioná-los e prevenir outros mais à frente.
Para começar, é importante entender o que é a pesquisa e sua finalidade para que, assim, não haja dúvidas do que se está buscando. Após isso, lembre-se de compreender os elementos que rodeiam uma pesquisa e como fazê-la para, então, elaborar uma de acordo com as necessidades da organização.
Por fim, defina a metodologia, mensure e analise os dados para que os resultados ofereçam a gestores melhores tipos de insights para que sejam criadas soluções eficientes. Caso sinta a necessidade, contrate uma agência que possa fornecer à sua empresa um apoio mais técnico na hora de desenvolver, coletar e mensurar as informações.
Dessa forma, por meio da pesquisa de clima organizacional, é possível melhorar resultados e garantir um ambiente saudável para todos ao compreender os pontos de melhoria! E então, o que você está esperando para começar? Promova já a mudança na sua empresa!
E agora que você sabe tudo sobre pesquisa de clima organizacional, não se esqueça de que pode contar com a Clima para ajudar a sua empresa!
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