Manter um ambiente produtivo e emocionalmente saudável dentro de uma empresa é uma tarefa importante e que conta com diversas ferramentas para apoiar a sua realização. Entre as mais importantes delas está a pesquisa qualitativa e quantitativa.
É por meio do uso dessas pesquisas que se construirá o alicerce de todo o planejamento das ações que serão realizadas para a melhoria do clima organizacional.
Os resultados da pesquisa de clima demonstram se existem queixas dos colaboradores, conflitos, desgastes desnecessários e capazes de comprometer o equilíbrio emocional no ambiente — o que reduz a produtividade e leva ao aumento do turnover. Talentos insatisfeitos até mesmo com o seu próprio rendimento tendem a buscar outras oportunidades no mercado.
Por isso, preparamos este guia para ajudar você a entender as razões para aplicar uma pesquisa de clima organizacional. Além disso, você vai saber quando ela deve ser feita, como deve ser estruturada, quais métodos devem ser utilizados e como tabular e interpretar os seus resultados.
Continue a leitura e dê o primeiro passo para colocar o seu negócio entre as melhores empresas para trabalhar!
Por meio da pesquisa qualitativa e quantitativa é possível entender diversos comportamentos recorrentes dentro de uma corporação, bem como suas causas. Além disso, é possível auxiliar no alinhamento das expectativas da empresa com as de seus colaboradores, encontrando um equilíbrio e satisfazendo a todos.
Para conquistar um bom clima organizacional é preciso muito mais do que saber como dar feedbacks aos profissionais que fazem parte da empresa. É necessário que se faça um trabalho de RH consistente, que deve começar por ouvir seus colaboradores, do mesmo modo que a empresa deseja ser ouvida por eles. O modo mais recomendado para se fazer isso é a pesquisa qualitativa e quantitativa.
Existem alguns fatores que indicam a necessidade da realização de uma pesquisa de clima. Entre eles estão o aumento do turnover e do absenteísmo, a redução da produtividade, a recorrência nos pedidos de licenças médicas, problemas de comunicação interna, entre outros.
Ao identificar qualquer um dos problemas citados acima, deve-se aplicar a pesquisa de clima para que sejam encontradas as causas dessas questões. No entanto, não é preciso esperar que problemas aconteçam. O RH pode e deve adotar uma postura preventiva e alinhada às expectativas de crescimento da empresa.
Alguns negócios que já entenderam a importância de figurar entre os melhores lugares para se trabalhar e investem na realização de pesquisas no mínimo anualmente. Sendo assim, leva-se para a comunicação interna e para o clima organizacional um processo de melhoria contínua, cujos resultados influenciam desde a percepção da marca até a lucratividade da empresa.
É possível sim fazer uma pesquisa para corrigir problemas existentes, mas o ideal é que isso aconteça para evitar que eles aconteçam, de forma a alavancar o crescimento da empresa.
A pesquisa de clima é uma ferramenta estratégica que pode e deve ser utilizada como um canal de comunicação interna entre colaboradores, gestores e equipe de RH. Por meio dela é possível fazer com o que os profissionais se sintam ouvidos e percebam que a empresa realmente se preocupa com a qualidade de vida e o desenvolvimento deles.
Dada sua importância para o desempenho das equipes, é preciso que a pesquisa seja muito bem elaborada e conduzida, por isso é essencial saber como fazer uma pesquisa de clima. Para tanto, é necessário conhecer os métodos de pesquisa, entender o conceito de inferência e ter conhecimentos básicos em estatística aplicada à pesquisa.
Os métodos podem ser qualitativos ou quantitativos ― e você os verá mais detalhadamente nos próximos tópicos. A aplicação da estatística é o que permitirá a inferência, ou seja, a conclusão a que se chega com base em fatos, números, observações e dados levantados durante a pesquisa.
Na conclusão estatística é analisada uma amostra que levará o pesquisador a entender o que acontece no universo de onde ela foi retirada.
Um bom exemplo é no preparo de uma comida. Imagine que você deseja saber se ela tem sal o suficiente. Então, você prova uma pequena porção, ou seja, uma amostra do conteúdo da panela, que representa o universo pesquisado. Se a parte que você provou estiver boa, conclui-se que o restante está bom também.
Para chegar a uma conclusão realmente coerente, é necessário muito mais do que obter as respostas de alguns questionários. É preciso todo um planejamento estrutural da pesquisa, que envolve desde a definição do universo a ser pesquisado até a escolha das ferramentas e dos métodos que serão utilizados — inclusive para a organização dos dados coletados, ou tabulação, que levarão a uma interpretação correta dos resultados.
Para que essa estrutura seja criada de modo consistente e a escolha dos métodos seja feita de acordo com o objetivo da pesquisa, é necessário que algumas etapas sejam respeitadas. São elas:
Para que todas essas decisões sejam tomadas, é necessário que se conheça mais a fundo as ferramentas e os métodos que poderão ser utilizados — é isso que você verá nos tópicos a seguir.
As pesquisas quantitativas, como o próprio nome diz, são aquelas capazes de quantificar informações capazes de elucidar dúvidas, resolver problemas, validar uma hipótese e até mesmo prever resultados, como acontece nas pesquisas eleitorais.
Seus resultados são objetivos e precisos, mas nem sempre suficientes. No caso do clima organizacional, uma pesquisa quantitativa pode determinar que existe uma parcela de colaboradores insatisfeitos com a política da empresa, mas nem sempre seus resultados vão revelar as causas da insatisfação.
Guarde bem esse exemplo, pois ele vai continuar sendo utilizado para explicar os demais métodos e ferramentas. A seguir, veremos como as pesquisas quantitativas podem ser realizadas.
Nesse método, se estabelece uma situação que pode ou não ser real, ou seja, uma hipótese. Por exemplo: os colaboradores da empresa estão insatisfeitos com a política interna. A partir dessa afirmação, por meio da quantidade de profissionais que revelou não estar feliz na empresa, é possível concluir se a sua política é satisfatória ou não para os funcionários.
A regressão linear trabalha com duas variáveis e testa a hipótese de que uma influencia a outra, construindo, assim uma relação de causa e efeito entre elas. Trata-se de uma forma de complementar uma pesquisa quantitativa, acrescentando ao resultado um motivo para ele ou mesmo uma previsão de seu comportamento futuro.
Na regressão linear, uma variável é chamada de dependente ou de resposta, enquanto a outra é a independente. Com o estudo delas, é possível prever o valor da variável dependente a partir do valor da independente, ou ainda entender o quanto ela influencia no valor da independente.
No exemplo em que a insatisfação com a política da empresa foi revelada, se esses números forem comparados a outros, como a quantidade de horas extras realizadas durante determinado período, torna-se possível saber o quanto o excesso de trabalho influencia na satisfação dos colaboradores.
Os métodos qualitativos são mais subjetivos — sequer são quantificáveis, mas revelam aspectos mais específicos e profundos do universo pesquisado. Enquanto as pesquisas quantitativas utilizam modelos padronizados de investigação, as qualitativas, por serem mais abrangentes, podem ter os respondentes abordados de um modo mais livre.
As pesquisas qualitativas servem para descrever ou explicar determinadas situações normalmente já validadas ou previstas por pesquisas quantitativas, ou ainda são utilizadas para criar as hipóteses que devem ser pesquisadas.
Como sua abordagem é bem mais abrangente, existem mais métodos que podem ser utilizados na sua realização. Você conhecerá alguns deles nos tópicos a seguir.
A pesquisa descritiva consiste na observação e descrição, muito minuciosa, do universo pesquisado. A partir dos dados levantados nessa descrição — que jamais incluirão opiniões, mas relatos imparciais —, será possível realizar o aprofundamento e o registro de fatos relacionados ao objeto da pesquisa.
A pesquisa exploratória parte de um universo praticamente desconhecido, sobre o qual não se tem nenhum estudo prévio. A partir da coleta de informações básicas que poderão dar origem a uma hipótese, o estudo pode se aprofundar com a ajuda de outros métodos, como a pesquisa bibliográfica, estudos de caso e até mesmo pesquisas quantitativas.
Na pesquisa explicativa, normalmente já se tem uma hipótese validada, para a qual está se buscando possíveis causas.
A pesquisa explicativa traz à tona situações, fatos e informações que podem estar contribuindo para a existência de um problema ou até mesmo sobre a sua solução. Naquele exemplo sobre a insatisfação dos colaboradores, caberia agora uma pesquisa explicativa para verificar quais são as suas possíveis causas.
A pesquisa bibliográfica é mais comum no ambiente acadêmico do que no meio corporativo, embora ela possa ser usada na busca por embasamento para algumas decisões.
Ela consiste na busca de dados em publicações como livros, revistas e artigos acadêmicos. Normalmente são utilizadas citações de autores consagrados para a validação ou a criação de uma hipótese.
Os estudos de caso levam em consideração os resultados obtidos em situações semelhantes e que podem servir para orientação de uma conduta. Em outras palavras, a partir do exemplo de uma situação já vivida é possível prever o que poderá resultar de determinadas ações.
No caso das pesquisas de clima organizacional, é muito válido analisar o modo como outras empresas do mesmo segmento trabalham com suas equipes e, a partir de uma espécie de benchmarking, adotar as práticas que demonstram bons resultados e eliminar aquelas que geram descontentamento, turnover e redução da produtividade.
No caso daquele exemplo sobre a insatisfação dos colaboradores, é possível, a partir de estudos de caso, trazer para empresas iniciativas que melhoraram o clima organizacional em outras instituições, como planos de cargos e salários mais bem definidos, eventos corporativos, incentivos ao aprimoramento pessoal e profissional, entre outras.
As pesquisas de campo são aquelas realizadas dentro do ambiente onde se encontra o objeto do estudo. Elas proporcionam um confronto mais direto entre pesquisador e respondente — o que, para uma pesquisa qualitativa, pode ser fundamental. No entanto, esse método de abordagem também pode se empregado nas pesquisas quantitativas.
No caso da pesquisa de clima organizacional, ela é realizada dentro da empresa em uma abordagem direta aos seus funcionários. Em alguns casos, para que as respostas sejam válidas sob a ótica da sinceridade do colaborador, é necessário que a identidade dele seja preservada.
Nesse caso, o uso de meios eletrônicos, nos quais as respostas possam ser dadas anonimamente, são uma excelente solução.
Vimos até aqui uma série de métodos de abordagem, mas não foram citados os meios para a coleta dos dados, a não ser no caso da pesquisa bibliográfica — e é isso que veremos a partir de agora. Conheceremos as ferramentas que podem ser utilizadas para a realização da pesquisa.
Vale lembrar que elas podem ser usadas em qualquer um dos métodos que mencionamos ou mesmo combinadas entre si para facilitar a tabulação e a inferência de resultados. Vamos em frente?
Os formulários são os meios mais utilizados para a aplicação de questionários, sejam eles quantitativos, sejam eles qualitativos. Eles permitem perguntas abertas ou fechadas, de múltipla escolha ou dissertativas. Quanto mais abertas e livres forem as respostas, mais subjetivos e de difícil tabulação serão os resultados.
Na elaboração de um questionário para pesquisa quantitativa, deve-se elaborar questões fechadas e com opções de respostas predeterminadas — até mesmo o uso da opção “outros” deve ser evitado.
Quando a pesquisa for qualitativa, é necessário que haja perguntas abertas e opções de respostas dissertativas, que darão mais liberdade ao respondente de oferecer pontos mais abrangentes.
Embora sua interpretação seja mais trabalhosa, esse tipo de questionário costuma gerar insights interessantes para a melhoria do clima e da comunicação corporativa.
Um grupo focal é composto por uma amostra de indivíduos que pertencem ao universo pesquisado, convidados para testar um produto ou debater um tema em um ambiente controlado, porém aberto.
Eles podem acontecer tanto online quanto presencialmente, e normalmente contam com um moderador, além do pesquisador em si — que observa as reações do grupo e registra, de modo destacado, os dados mais interessantes extraídos da reunião.
Em pesquisas de clima organizacional, os grupos focais podem ser muito úteis para a descoberta das causas de conflitos recorrentes, mas sem motivos aparentes. Além disso, podem dar aos colaboradores a oportunidade de testar produtos e serviços da empresa que serão lançados, fazendo com que eles se sintam parte do processo.
As entrevistas são a versão supervisionada dos questionários, mas dão ao entrevistador a oportunidade da elaboração de novas perguntas a partir das respostas fornecidas pelo entrevistado.
Como as partes envolvidas na entrevista geralmente interagem em tempo real — mesmo que não presencialmente —, as respostas são mais espontâneas, por isso têm mais chances de refletir a verdade.
As entrevistas também têm desvantagens, como a influência do entrevistador e a impossibilidade do anonimato, que acaba constrangendo o entrevistado em algumas respostas.
Do mesmo modo que acontece como os consumidores no ponto de venda — que são observados para que se encontrem padrões de comportamento de consumo —, os colaboradores também podem e devem ser observados pelo RH e por seus gestores, especialmente em situações de crise ou se apresentaram mudanças na empresa, como a chegada de um novo membro.
Por meio da observação é possível identificar problemas que estão “escondidos”, como a famosa “rádio peão” e as fofocas geradas por ela, além da formação das “panelinhas” e outros padrões de comportamentos excludentes. Outros exemplos desse tipo de problema são um pouco mais sérios, como o assédio e o furto.
Os benefícios da união de mais de um método e ferramenta na elaboração e na aplicação de pesquisas de clima corporativo já puderam ser constatados ao longo deste post. Uma abordagem não exclui a outra, ao contrário: elas se tornam complementares e podem ser inseridas no processo à medida que se mostram necessárias.
Se o objetivo é o crescimento da empresa e o aumento da produtividade, mas não se sabe bem o que pode ser feito, é possível iniciar o processo com uma pesquisa exploratória. Por meio dela, deve-se identificar modos de alcançar o resultado previsto.
A partir das hipóteses levantadas pela pesquisa, outras abordagens de pesquisa qualitativa e quantitativa podem ser aplicadas para que sejam validadas.
Portanto, antes de implementar novas ações e políticas corporativas — incluindo novos benefícios para os colaboradores —, com a união de métodos de pesquisas é possível calcular o impacto quase exato que essas mudanças serão capazes de causar na empresa. Lembre-se sempre de que o bom uso da pesquisa é capaz de torná-la um novo canal de comunicação interna.
Cada organização tem suas características e problemas a serem resolvidos, por isso não é possível compor um modelo absoluto e infalível de questionário de pesquisa de clima organizacional. No entanto, existem alguns assuntos que costumam ser tabu em quase todas as corporações e podem servir como um ponto de partida para uma pesquisa de clima.
Alguns itens que podem constar no seu questionário são:
Claro que esse são só alguns dos tópicos que podem ser abordados em uma pesquisa e que nem todos são pertinentes aos muitos tipos de instituições, mas podem servir como um guia para a elaboração de um questionário personalizado.
A etapa decisiva de todo esse trabalho é interpretar a pesquisa de clima. Para isso, é necessário que seja feita a tabulação dos dados coletados — que nada mais é do que a organização e a contagem de todas as respostas recebidas.
Existem algumas ferramentas como o Excel ou plataformas especializadas em pesquisas — como a SurveyMonkey ou os formulários do Google Docs — que facilitam muito o trabalho de tabulação e até o fazem para você.
O mais importante aqui é analisar e definir qual será a ferramenta utilizada para a tabulação antes da formulação do questionário, pois desse modo ele já será feito visando à compatibilidade da base de dados que será construída como a ferramenta de tabulação.
Não se pode esquecer que a é partir do modo como os dados serão tabulados que será possível a criação dos gráficos e relatórios que embasarão a interpretação dos resultados. Por isso, é muito importante que os dados coletados possam ser cruzados de várias maneiras diferentes, gerando ainda mais insights.
A pesquisa qualitativa e quantitativa é uma ferramenta estratégica e que deve ser utilizada na construção de um clima organizacional, capaz de colaborar com o crescimento da empresa. Além disso, esse tipo de ferramenta ajuda a superar os desafios enfrentados no dia a dia da corporação. Ela também serve como um importante canal de comunicação entre colaboradores e o time de RH, portanto, deve ser utilizada e valorizada dentro das instituições.
Agora que você já conhece a importância da realização de pesquisas qualitativas e quantitativas para a avaliação do clima organizacional de uma empresa, que tal entrar em contato com a nossa equipe para entender como podemos ajudar nessa tarefa?
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