O Dia das Mães é uma das principais datas comemorativas do calendário. Para a comunicação interna, é uma excelente oportunidade para criar ações que valorizam as mães e para mostrar que elas são fundamentais para toda organização.
Entretanto, é impossível não fugir de estatísticas ruins relacionadas à maternidade e às oportunidades de trabalho. Uma pesquisa da Catho, divulgada em 2019, mostra que 30% das mães deixam o emprego para se dedicar aos filhos, enquanto o índice é de apenas 7% entre os pais.
Por isso, o Dia das Mães pode servir como um momento de reflexão sobre como sua empresa se comporta em relação às colaboradoras grávidas ou que se tornaram mães recentemente. Afinal, um ambiente diverso deve incluir essas profissionais, que podem contribuir com novas perspectivas para demandas de diferentes setores.
Celebrar as mães não é exatamente uma novidade na história da humanidade. Na Grécia Antiga, por exemplo, o povo celebrava Reia, filha de Urano, um dos titãs, e esposa de Cronos. A deusa deu à luz a 5 dos 13 deuses do Olimpo, por isso era a representação materna da cultura grega. Na cultura romana, sua equivalente era a Cibele.
Já a Igreja Católica do século XVII utilizava o quarto domingo da Quaresma para celebrar o Domingo das Mães, mas ainda como uma data mais voltada à celebração religiosa. No Reino, nessa mesma época, começou o costume de dedicar o Domingo das Mães às operárias de fábricas: elas ganhavam o dia de folga para poder celebrá-lo com suas mães.
Porém, o Dia das Mães como conhecemos hoje começou nos Estados Unidos, em 1910. A ativista Anna Jarvis havia perdido sua mãe Ann Jarvis 5 anos antes. Durante a Guerra Civil Americana, entre 1861 e 1865, Ann trabalhou como enfermeira e cuidava de soldados dos dois lados da batalha. Ela incentivava tanto o pacifismo que conseguiu unir outras mães de soldados tanto Confederados quanto da União e formar um clube.
Essas mulheres foram responsáveis pelo Dia da Amizade das Mães, no qual era discutida uma possível reconciliação. Por isso, quando Ann morreu, Anna entrou em depressão. Em 1907, ela criou um memorial para a mãe, enquanto seus amigos organizaram uma festa para celebrar a memória de Ann. A partir daí, Anna buscou oficializar a data e demorou 3 anos para isso.
Anna Jarvis se esforçou tanto para promover a data que se aliou a um comerciante e transformou a celebração em uma dia para presentear as mães. Por mais que em 1914 a data já fosse conhecida nacionalmente, o lado capitalista da data passou a incomodar Anna a partir da década de 1920. Atualmente, é a segunda melhor data para o comércio brasileiro, para se ter uma ideia…
Com a popularização da data nos Estados Unidos, outros países passaram a celebrar a data. No Brasil, acredita-se que a primeira comemoração ocorreu em 12 de maio de 1918, tendo sido organizada em Porto Alegre pela Associação Cristã de Moços dos Rio Grande do Sul.
Na década de 1930, o movimento feminista brasileiro, baseado no movimento sufragista, lutava por diversas causas femininas. Assim, com a crescente pressão e a popularização mundo afora, a data passou a ser oficializada no Brasil em 1932, através de decreto emitido pelo presidente Getúlio Vargas.
Em 1910, quando o presidente Woodrow Wilson, dos Estados Unidos oficializou a data por lá, coube a Anna Jarvis escolher o dia: o segundo domingo de maio. Assim, quando Vargas oficializou a data por aqui, o dia permaneceu o mesmo.
Até hoje, as mulheres são as que mais enfrentam problemas dentro das empresas. Na pesquisa da Catho citada no começo do texto, 48% das mães relataram problemas por ter que se ausentar para cuidar do filho doente. E 24% enfrentaram conflitos por precisarem chegar mais tarde por conta de reuniões escolares.
As leis trabalhistas brasileiras asseguram que mulheres não podem ser demitidas durante a gravidez e até 5 meses após o parto. Entretanto, o constrangimento relatado é alto, mesmo durante a gestação. Uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostrou que 50% das mães são demitidas em até 2 anos após o período de licença maternidade.
Reverter esse cenário é uma das funções da comunicação interna. Afinal, esse tipo de comportamento está muito impregnado na cultura organizacional, sendo necessário criar campanhas para ressaltar a importância das colaboradoras que são mães.
Além disso, a pandemia trouxe um desafio maior para as mulheres. Segundo a pesquisa Mulheres no Local de Trabalho, da McKinsey & Company, elas têm 1,3 vezes mais chances de serem demitidas do que os homens. Entretanto, esse índice é ainda maior entre mães, idosas e negras. Para piorar, elas ainda precisam constantemente provar o seu valor enquanto estão trabalhando em regime de home office. A mesma pesquisa mostrou que elas se sentem mais julgadas por conta disso.
“Isso significa repensar algumas normas anteriores do local de trabalho, como o que é produtividade, além de apoiar a saúde mental dos funcionários ou promover a inclusão em um ambiente remoto”, analisa Jess Huang, coautora da pesquisa da McKinsey.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, em pesquisa publicada em março deste ano, 54,5% das mulheres acima de 15 anos integravam a força de trabalho no país. Já de acordo com a Pesquisa Nacional da Amostra por Domicílios (PNAD), de 2019, mais da metade das trabalhadoras (58,3%) eram mães. Porém, com a pandemia de covid-19, esse índice caiu para 50,6%, em 2020, mostrando que as mães foram as mais afetadas pela crise.
Por isso, é muito importante que as empresas tenham um olhar atento na maneira de se comunicar com essas profissionais. Uma análise do perfil das mães da empresa e do que elas pensam de sua marca é um ponto de partida para desenvolver ações mais assertivas com esse público. Também é necessário compreender quais suas principais demandas tanto internas quanto particulares, a fim de criar estratégias de compreensão e respeito praticadas diariamente.
Outro ponto a ser considerado é o fato da jornada dupla ou tripla que muitas mães possuem em suas vidas. Além do trabalho, ainda há os trabalhos domésticos e os cuidados com filhos. Por isso, ao valorizar sua presença dentro das empresas, você irá engajar as colaboradoras e fazê-las se sentir respeitadas.
A comunicação interna personalizada permite uma interação mais profunda com as mulheres. Sem ser invasivo, é possível compreender qual a situação pessoal de cada uma delas. Por exemplo: já imaginou homenagear as mães da empresa em uma ação coletiva, mas uma delas está passando por alguma situação aflitiva em casa? Isso pode acabar tendo o efeito inverso do desejado com a homenagem. Em situações de vulnerabilidade ou violência doméstica, o ideal é oferecer apoio.
A comunicação interna também pode atuar para reorganizar a cultura organizacional, transformando o Dia das Mães em uma data a ser celebrada diariamente. Afinal, adianta homenagear as mães em seu dia e não ser compreensível quando ela tiver uma reunião escolar, por exemplo? Aquilo que é exaltado nas datas comemorativas também precisa ser praticado diariamente. Sua empresa faz isso?
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