Marketing sensorial: o que é e por que investir?

Há inúmeras teorias sobre a melhor forma de se relacionar com o público-alvo em uma estratégia de comunicação. Algumas sugerem o uso de imagens, outras que a melhor forma para criar engajamento é por meio de histórias. O marketing sensorial é um conceito que vem ganhando força e apela para algo simples e comum a quase todos os seres humanos: os cinco sentidos.

Quer conhecer e aplicar essa nova técnica na sua empresa? Dê uma olhada nos tópicos a seguir!

O que é marketing sensorial?

Essa nova forma de fazer marketing é definida como o processo de ganhar a confiança e atenção da audiência por meio da audição, visão, olfato, paladar e tato. Após o contato com uma peça produzida a partir da estratégia sensorial, o receptor da mensagem tende a se relacionar por meio de conexões emotivas com a marca. É uma ferramenta que pode ser usada para impactar o público externo ou interno da organização.

Ela é desenhada para engajar todos os seres humanos de forma imersiva. Ao utilizar os cinco sentidos, a estratégia de comunicação emociona o receptor da mensagem. Assim, ele se torna mais propenso a responder de forma positiva e agir de acordo com a chamada para a ação (call to action) daquela campanha.

Três princípios devem ser respeitados ao definir uma estratégia de marketing sensorial: os valores da marca, o mix de produtos ou serviços e a preferência do público. Independentemente do sentido a ser explorado, a marca precisa alinhar sua estratégia às convicções que orientam sua ação no mercado. Os outros dois princípios dão liberdade a cada empresa de escolher o sentido e a ação que trarão resultados.

Por que investir em um estratégia sensorial?

A tendência que prevalece no mercado é a de investir em experiências. Se o usuário não se diverte ou se emociona com a mensagem que a marca quer passar, provavelmente a estratégia está errada. O marketing sensorial é uma excelente solução por fornecer uma experiência completa: é uma forma única de interagir e ganhar a atenção da audiência.

Uma experiência divulgada no Journal of Consumer Research mostrou o poder dos sentidos em uma estratégia de comunicação. A pesquisadora Aradhna Krishna impregnou, em alguns lápis, uma fragrância específica de óleo de árvores e os distribuiu a um grupo de estudo. Outra parcela da amostra recebeu lápis sem o aroma. Os resultados divulgados no jornal foram surpreendentes!

Aqueles que receberam a versão tradicional tiveram uma queda de 73% na quantidade de informações retidas sobre o produto — isso em um prazo de duas semanas. O conjunto que recebeu o lápis aromatizado apresentou uma queda de apenas 8% no mesmo período.

Outro estudo que fortalece o uso de marketing sensorial é o divulgado pela Retail Next. As pesquisas feitas apontaram que o uso de músicas em lojas aumenta em até 12% o total gasto em compras. Também foi perceptível com o estudo que quanto mais agradável for o aroma de um estabelecimento, mais tempo o consumidor permanecerá na loja.

O uso de cores também deve ser adequado de acordo com o público a ser atingido. Por exemplo:

• preto remete a poder e qualidade — geralmente, é uma cor utilizada em mercados de luxo;
• vermelho cria urgência e é enérgico — é usado em liquidações para acabar com os estoques;
• amarelo é otimista e jovial — ótimo para ser usado em vitrines;
• verde é a cor mais fácil para os olhos processarem — por isso, é usada em lojas para transmitir calma;
• azul remete segurança e confiabilidade;
• laranja é uma cor agressiva — geralmente, usada para acelerar o processo de venda.

Como usar?

Uma forma de exemplificar o uso do marketing sensorial é pensar na experiência de um usuário ao visitar uma loja. Nesse ambiente, é possível impactar os cinco sentidos do consumidor.

O primeiro sentido é a visão. Para isso, é importante se preocupar com o brilho, as formas, os tamanhos, o desenho da loja e das vitrines. Com relação a audição, é preciso focar nos estilos musicais executados no estabelecimento, o volume de som e a quantidade de outros ruídos existentes no ambiente.

Tato, paladar e olfato não podem ser deixados de lado. A sensação de tocar em cada produto deve ser única. A maciez, rigidez e aspereza de determinado objeto deve ser bem pensada e ter um propósito. Criar um aroma característico e único para a sua marca ajudará no destaque e reconhecimento dela perante o consumidor. Chá, café, água, espumante e chocolates podem ser usados como forma de melhorar a experiência e gerar um impacto sensorial.

Existe relação entre marketing sensorial e endomarketing?

Em um primeiro momento, pode parecer que o uso de estratégias sensoriais é restrito somente ao processo de captação e manutenção de clientes. Por se tratar de uma técnica nova, essa suposição é frequente, porém equivocada.

O uso das sensações é uma ferramenta poderosa que pode ser usada como catalisadora de ações empresariais que visam promover o endomarketing e melhorias no clima organizacional.

Alguns exemplos que podem ser citados são:

• ambientação dos escritórios da empresa por meio de recursos visuais em celebração a datas comemorativas. Aniversários, atingimento de metas, reforço da visão da empresa e lançamento de novos produtos são algumas ocasiões em que uma ambientação bem feita é estratégica para o negócio;
• a ambientação pode ser feita de forma online. Um exemplo é disponibilizar QR codes que, ao serem acessados, transmitam mensagens em vídeo promovendo, de maneira alinhada aos objetivos da corporação, as próximas ações da empresa.

O uso do marketing sensorial como ferramenta de endomarketing é uma estratégia nova e que promete resultados no curto, médio e longo prazo. Por meio de ambientações específicas e gerando engajamento entre os colaboradores, é possível mudar o clima da organização e aumentar o desempenho dos times.

Você já faz ações de marketing sensorial para atrair novos clientes ou como uma poderosa ferramenta de cultura organizacional? Se ainda não, o que acha de investir nessa estratégia? Compartilhe este conteúdo em suas redes sociais, repasse o conhecimento e faça um brainstorming para começar o quanto antes!