Descubra o que esperar da comunicação interna no futuro

A comunicação interna não será mais a mesma depois de 2020. Os especialistas na área são unânimes ao dizer que a pandemia foi crucial para o segmento, afinal, ela mostrou a urgência de conectar gestores e colaboradores sob os mesmos valores. Algumas tendências já serão notadas a partir deste ano, mas o que o futuro reserva para a comunicação interna?

Vale ressaltar que a crise sanitária global apenas acelerou um processo que já ocorria há alguns anos: a transformação digital. Cada vez mais, as empresas estão tornando todos os seus processos virtuais, mudando o trabalho como nós conhecemos. A partir de agora, é possível exercer muitas das funções de casa – ou de um parque ou cafeteria, como preferir. 

O home office já era uma tendência em crescimento e deve se tornar uma alternativa permanente mesmo após a vacinação global. Além disso, a importância de colocar os colaboradores em primeiro lugar nas decisões da empresa também contribui para a revolução da comunicação nos próximos anos. Será que a sua empresa está preparada para o futuro? Continue a leitura para descobrir o que esperar da comunicação interna para os próximos anos.

O e-mail tem futuro na comunicação interna?

Essa forma de comunicação está completando 50 anos em 2021. Ou seja, como toda tecnologia, ele está se tornando cada vez mais obsoleto. Qual foi a última vez que você se comunicou com algum parente ou amigo através de e-mail? Mesmo em desuso, é surpreendente o número de empresas que o utilizam como principal fonte de comunicação.

Ainda que seja muito utilizado comercialmente, o e-mail não é mais a melhor forma de conversar com seu público – tanto interno quanto externo. Estimativas apontam que, em 2018, eram enviados 281 bilhões de e-mails por dia em todo o mundo, com cada trabalhador recebendo em média 120 e-mails por dia. O maior problema disso tudo é que mais da metade dessa comunicação é spam. 

Por isso, é fundamental estar atento a novas formas de comunicação, como aplicativos corporativos de trocas de mensagens. Com a necessidade cada vez maior de se comunicar instantaneamente, é um risco manter a comunicação importante apenas via e-mail com seus colaboradores. Existe a possibilidade de a comunicação ficar perdida no meio de tantas mensagens indesejadas.

A ascensão das plataformas corporativas 

As plataformas corporativas de comunicação estão sendo cada vez mais adotadas, mas é preciso cautela e planejamento antes de adotar novos canais. Hoje em dia, é possível usar o Slack, o Hangouts, o Zoom, o Meet e até o WhatsApp para resolver diversos problemas da comunicação interna, mas a pluralidade de opções também pode atrapalhar.

Uma pesquisa da RingCentral mostra que 69% dos trabalhadores perdem até 60 minutos por dia navegando pelas diferentes plataformas da empresa. Ao longo de 1 ano, é como se 32 dias de trabalho deixassem de existir. Em um mundo cada vez mais ágil e cheio de cobranças por prazos e metas, isso tem um impacto gigantesco na produtividade.

Por isso, será necessário adotar uma plataforma única, que agregue todos os principais canais da empresa. Programar as mensagens e torná-las cada vez mais personalizadas são formas de não distrair os colaboradores com assuntos que não são destinados a eles, mas apenas a um time específico, por exemplo.

Outra vantagem dessas plataformas digitais é a interatividade. Com cada vez mais funcionários trabalhando em casa, será preciso criar formas de interação com a informação e não apenas de seu consumo. Nesse sentido, as plataformas podem diminuir o sentido de solidão e aumentar o de pertencimento.

Como a tecnologia atuará na contratação de funcionários?

Analisar currículos um a um não é uma tarefa fácil. As melhores empresas costumam receber milhares de candidatos por vaga, sendo complicado revisar todos os documentos atrás da melhor pessoa. Por isso, a automação é necessária para facilitar esse processo.

Em 2025, estima-se que 75% de toda a força de trabalho global será representada pela geração millenium, de acordo com uma pesquisa da Ernst & Young. Ou seja, um pessoal que já nasceu conectado a todas as revoluções digitais dos últimos anos. Assim, será necessário unir a cultura organizacional a uma visão de futuro, na qual a tecnologia terá papel fundamental para otimizar processos.

A seleção poderá ser feita através de plataformas digitais que avaliam os candidatos de acordo com suas respostas. A inteligência artificial terá papel fundamental nesse processo, afinal, é ela quem irá analisar os currículos e separar os melhores para uma futura entrevista, que poderá ser tanto presencial quanto por videoconferência.

Além disso, a comunicação interna poderá usar a inteligência artificial para direcionar as vagas para os candidatos mais aptos a ocupar a vaga, tanto de acordo com suas competências quanto de seu perfil profissional e comportamental.

Onde mais a inteligência artificial poderá ser utilizada?

O futuro chegou sem que muita gente percebesse. Os robôs já estão entre nós, mesmo que, às vezes, apenas dentro dos computadores. A inteligência artificial será cada vez mais rotineira nas dinâmicas de trabalho do futuro. Acima, falamos sobre sua atuação na seleção de currículos, mas essa tecnologia pode ter diversas outras funções dentro das empresas e também dentro da comunicação interna.

Você já deve ter tentado mandar uma mensagem para uma empresa no Facebook e recebido uma resposta automática. Esse é o papel do chatbot, que automatiza algumas conversas e desafoga a necessidade de ter um profissional dedicado exclusivamente para isso. 

E se hoje os chatbots são usados mais na comunicação externa, no futuro eles deverão ser cada vez mais internalizados dentro da companhia. Um exemplo prático: em vez de procurar algo na intranet  da empresa ou pedir a ajuda de outro profissional para isso, o chatbot pode ajudar os colaboradores a alcançarem a informação desejada de maneira mais rápida e independente.

Os processos de recursos humanos ficarão mais automatizados, tais como solicitação de férias ou de holerites. Dessa forma, os profissionais de RH podem atuar de uma forma muito mais próxima aos colaboradores, fornecendo apoio em situações além das burocráticas da empresa.

Além disso, a inteligência artificial será de extrema importância para solucionar um dos maiores problemas da comunicação interna: a geração de relatórios. A metrificação e a mensuração de resultados são fundamentais para analisar a eficácia das campanhas, e todo esse processo será facilitado com o uso das novas tecnologias.

A vez dos colaboradores

Cada vez mais, a comunicação interna terá que colocar os colaboradores em primeiro lugar nas tomadas de decisões. Isso significa ouvi-los e, em seguida, atender às suas necessidades. Colocar o protagonismo dos comunicados nos colaboradores será uma excelente forma de aumentar o engajamento.

Por exemplo: em empresas com muitos funcionários, dificilmente todos se conhecem. Assim, usar a comunicação interna para promover determinados colaboradores é uma excelente maneira de apresentá-los aos outros times. E mesmo em companhias menores isso é possível, principalmente nos tempos atuais, com muita gente fazendo o serviço de casa.

No futuro,as relações de hierarquia estarão cada vez mais fluídas, com os colaboradores assumindo o protagonismo em diversas ocasiões. Os próprios gestores deverão incentivar a criação de programas de reconhecimento, que vão além do tradicional “funcionário destaque do mês”. Programas de recompensas ajudam a engajar os colaboradores, mas devem ser planejados para não criar um clima de rivalidade.

Outro detalhe importante é que é mais fácil os outros colaboradores pararem para ouvir atentamente quando é um colega falando. Quando a comunicação é apenas vertical, do gestor para os colaboradores, a chance de alguns funcionários não prestarem atenção é enorme. Por isso, dê vez e voz a seus talentos internos.

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Sobre a Clima Comunicação

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